Tribos de Caboclinhos
Uma das mais belas manifestações do carnaval Pernambucano está na evolução das Tribos de Caboclinhos que passam, quase em disparada, pelas ruas do centro e do subúrbio ao som de um pequeno conjunto, a produzir um estalido característico na percussão da seta contra o arco, com seus estandartes esvoaçantes e a beleza de suas fantasias. Se no maracatu está toda a herança das nações de negros, no caboclinho encontra-se a presença do índio que mantém, durante o carnaval, as suas danças e lendas que contam a glória dos seus antepassados. Caboclinhos são agrupamentos de homens e mulheres, trajando vistosas cores de penas de avestruz e pavão, com saias de penas, trazendo adereços nos braços e tornozelos e colares. Desfilam fazendo ricas evoluções ao som dos estalidos secos das preacas, que são os arcos, abaixando-se e levantando-se com agilidade, como se tivessem molas nas pernas, ao mesmo tempo que rodopiam, apoiando-se nas pontas dos pés e nos calcanhares. Os músicos geralmente são em número de quatro. O conjunto é formado pela inúbia (um pequeno flautim de taquara), caracaxás ou mineiros, tarol e surdo.
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